O Solstício do Verão marca o dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Esse dia simboliza o Poder do Sol e marca um pico na Grande Roda Solar do Ano, já que após o Solstício do Verão os dias irão se tornar, visível e gradualmente, mais curtos.
É uma celebração essencialmente do Fogo, um momento em que o poder do Sol chega ao seu máximo e as flores, as folhagens e os gramados encontram-se em abundância na Natureza.
Nesse período celebramos a abundância, a luz, a alegria, o calor e o brilho da vida proporcionada pelo Sol.
A natureza está no ápice de sua produtividade. É o auge do poder do Sol, mas prenuncia também o seu declínio.
É o ponto de mudança das marés de poder do Ano Sagrado, quando finalmente acaba o Ano Crescente e começa o Ano Decrescente, até o Solstício de Inverno.
O Sol que ficou forte desde a primavera, atinge toda a sua plenitude nesta data e partir dela decresce.
No Hemisfério Sul o Solstício de Verão ocorre em Dezembro, enquanto que no Hemisfério Norte ocorre em Junho.
Há muitas lendas, ritos e costumes que envolvem o Solstício de Verão. Mas enquanto alguns ritos antigos de solstício de inverno sobreviveram na cultura da sociedade cristã através de outros costumes e cerimônias, os ritos de verão foram praticamente erradicados.
Uma hipótese para isto ter acontecido é que com a chegada da era cristã os ritos de Solstício de Inverno foram colocados como festivais do Céu e do Sol, dirigidos por divindades masculinas, enquanto no Solstício de Verão os cultos da Natureza eram da fecundidade, da Terra, dirigidos pelo divino feminino.
É amplamente reconhecido que a civilização, desde o início da Era de Ferro, ou Kaliyuga, sistematicamente suprimiu o sagrado feminino, saqueou a Terra e, ao mesmo tempo, exaltou o masculino, forçando a promoção de religiões relacionadas aos deuses celestes, principalmente solaritas.
Para as pessoas que se interessam por reparar essa degeneração cultural e a atitude calculada que isso representa com relação à Natureza, a redescoberta da observação do Solstício de Verão deve ser vista com especial interesse.
Os festivais de solstícios de verão são mais antigos e universais do que se pensa.
Os conhecidos eram quando se acendiam grandes fogueiras para pular sobre ela e livrar-se dos infortúnios, banir as doenças e a negatividade. Nesse dia os amuletos do ano anterior eram (são) queimados e novos talismãs de proteção, poções para sonhos proféticos e filtros feitos para aproveitar o grande momento de poder.
Acredita-se que tudo aquilo que for sonhado, desejado ou pedido nessa noite se tornará realidade. Apenas é bom tomar cuidado com o que e como pedir.
As ervas têm um destaque bem peculiar nesta data. Como o Solstício de Verão é um tempo carregado de energias femininas da Terra, é um dia propício para a colheita de ervas especiais, pelas quais se pode combater as ervas daninhas, curar inúmeras doenças e proteger as pessoas contra feitiçarias e encantos.
O sexo ritual, ou hierogamia, onde o interesse principal é o aprimoramento dual, os laços com o outro e com a natureza é realizado neste dia.
Quando um casal está equilibrado do ponto de vista energético e sintonizado durante o intercurso prolongado e extático, consegue transmitir uma influência harmonizadora que se estende para o grupo social e a natureza. Tais influências harmonizadoras tão necessárias, são particularmente efetivas quando o céu e a Terra estão em seus extremos, ou seja, nos Solstícios.
Há também os banhos purificadores realizados nas noites do Solstício de Verão em fontes, rios e cachoeiras. Ou mesmo em casa. O que vale é a intenção.
O Solstício de Verão é motivo de alegria e festa,
de agradecer as energias do Verão que se inicia.
De favorecer o armazenamento de forças
para o Outono que se avizinha.
Lília Palmeira
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