A pedra rubi é uma das mais raras e preciosas e sempre foi considerada fonte de muita energia.
O Rubi simboliza o sangue da terra e representa a força do amor e da vida.
Sua energia estimula a criatividade, potencializa a concentração, reforça a intuição e a visualização. Transmite segurança, decisão e ímpeto.
O Rubi é uma variedade do mineral chamado Coríndon. Essa pedra é de cor rubra, pois tem em sua composição a presença de crômio. Esse elemento, inclusive, determina o seu valor comercial: quanto mais vermelha a pedra for, e quanto menos falhas tiver, mais cara ela será. Sua dureza também é uma característica importante, já que perde apenas para o diamante como a pedra preciosa mais firme que existe.
O Rubi é uma das quatro gemas mais valiosas, destacando-se principalmente as pedras vermelho-escuras, levemente púrpuras.
Consideradas gemas alocromáticas, os elementos que conferem cor aos exemplares são especialmente vestígios de cromo, ferro e/ou titânio. Nos rubis o cromo está mais presente, assim como o ferro na composição, alternando o vermelho vibrante com o marrom sóbrio. Tonalidades de laranja, rosa, roxo e violeta também são aceitos como este tipo mineral.
Quando a gema possui uma qualidade inferior, é usada em relógios e outros aparelhos de precisão, bem como na produção de raios laser. Ele é geralmente lapidado em “cabuchão”, estilo sempre adotado quando mostra asterismo (faixas luminosas que parecem flutuar sobre a gema). Pode receber também lapidação facetada oval.
Ele é produzido principalmente em Mianmar, antiga Birmânia, Tailândia e Vietnã. Outros produtores importantes são Quênia e Tanzânia. As pedras de melhor qualidade provêm de Mianmar, Índia, Sri Lanka, China e Rússia, sendo raro no Brasil, existindo nos estados da Bahia e de Santa Catarina.
O Rubi de Mianmar de melhor qualidade (extra fine), sem tratamento, com 4 a 5 quilates, vale entre US$ 28.000 e US$ 40.000 por quilate. Gemas maiores que isso não têm cotação de mercado, sendo o preço acertado entre compradores e vendedores.
Em 2015 o Sunshine Rubi, uma pedra de Mianmar de mais de 25 quilates com coloração vermelho-sangue, se tornou a pedra preciosa colorida mais cara do mundo ao ser adquirida em leilão por US$ 30 milhões.
Sunshine Rubi (Foto: BBC)
Entre os mais caros estão o Rubi Graff de 8,62 quilates, o rubi Rosser Reeves, um dos maiores e melhores rubis estrelas já encontrados no mundo e o Hixon Ruby, doado ao Museu de História Natural de Los Angeles, com maravilhosos 196.10 quilates do mais puro mineral birmanês.
O Graff Ruby, um rubi birmanês com corte de almofada em um anel de diamantes (Foto: Sotheby's.) E o Hixon Ruby Crystal - considerado o "espécime mais perfeito" do mundo.
Abaixo o Rosser Reeves Star Ruby, do Sri Lanka (Foto de Chip Clark para Smithsonian)
Curiosidades
O seu nome vem do latim “rubeu”, que significa “vermelho”. Além dos antigos romanos a utilizarem como fonte de coragem para suas batalhas, os gregos também a veneravam como a mais importante de todas as pedras preciosas. Eles consideravam o rubi como o sangue da terra, e isso representava fonte de força, amor e principalmente de vida.
Não à toa, em sânscrito, é chamado ratnaraj, expressão que significava o "rei de pedras preciosas".
Usadas para conter epidemias, pesadelos e a tristeza, ampliando a inteligência e curando problemas amorosos, os rubis tiveram grande importância no passado. Denominadas anthrax, ou “carvão vivo”, acreditavam os antigos que eram como brasas acesas ou lembranças do fogo do sol.
Não demorou muito para que o fogo fosse traduzido em amor. No século IV os rubis passaram a ser conhecidos como as gemas dos apaixonados. Na tradição indiana, eram amuletos dos amantes, do romance e da chama acesa. Ao mesmo tempo eram fontes de vida, de longevidade, de proteção contra doenças e imprevistos. Como sangue da terra ou vinho petrificado do jardim do Éden, os rubis sempre preservaram a aura mística e os encantos de ser uma das pedras preciosas mais desejadas do planeta.
Lendas Rubras
Os rubis, além de acumularem elogios e admiradores, são protagonistas de muitas histórias. Uma das mais antigas é contada por Marco Polo, sobre o grande imperador mogol que ofereceu ao rei do Ceilão uma cidade inteira em troca de um enorme rubi para sua coleção. Na antiga Birmânia os monarcas também eram conhecidos como “reis de rubis”, em referência a riqueza mineral da região. Em uma lenda indiana, uma poderosa rainha ostentava um enorme diamante que se transformou em rubi. A gema foi manchada pelo sangue da monarca assassinada por um apaixonado membro da corte. Lendas que até hoje são conhecidas e recontadas por colecionadores dessas preciosidades.
Muitas lendas envolvem essa pedra rubra como, por exemplo, o fato de ela possuir uma chama interna que lhe garante um caráter sagrado. É por isso que ela está presente em diversas religiões, como no cristianismo, no budismo e no hinduísmo.
Os hindus acreditavam, por exemplo, que essas pedras preservavam a saúde do corpo e da mente. Elas removiam sentimentos e pensamentos ruins, controlavam desejos amorosos e reconciliações de disputas. E oferecer gemas raras de rubis à divindade Krishna garantia o retorno numa próxima vida como um "grande imperador".
O que a história confirma é que rubis começaram a ser minerados em 500 a.C, no Sri Lanka. Ferramentas anteriores a esse período também foram encontradas em Mianmar, o que sugere que os rubis já eram conhecidos da humanidade desde antes mesmo da invenção da escrita. Os rubis aparecem 4 vezes citados na Bíblia, em trechos que comparam sua beleza aos valores cristãos, como o provérbio que diz que "a mulher virtuosa é tão rara quando os mais finos rubis".
Muitas pessoas acreditam que essa pedra deve ser usada em joias, como em anéis, do lado esquerdo do corpo, pois elas beneficiam o coração e o sistema circulatório. Além disso, acredita-se que promovem a filtração e desintoxicação do corpo.
As histórias mostram, também, o papel social dos rubis. Na China antiga, a classe dos mandarins - funcionários públicos de alto escalão - era a única habilitada a usar rubis no topo dos chapéus, indicando a importância deles diante dos demais. Ao longo dos séculos foi assim, os minerais sempre estiveram reservados à nobreza e aos poderosos.
Imagens da Coroa Britânica - O rubi do Príncipe Negro, de 170 quilates (34 g), colocado na frente da cruz , é um grande espinélio dado a Eduardo, o Príncipe Negro, por um rei espanhol em 1367 e usado por Henrique V na Batalha de Agincourt em 1415.
Mas, o rubi foi sintetizado pela primeira vez em 1902. O processo de criação do rubi sintético é conhecido como o processo de Verneuil. Ainda assim, somente especialistas podem distinguir entre Rubi natural e Rubi sintético, criado em laboratório.
É utilizado tanto como pedra central em pingentes e anéis, como também como pedra secundária para complementar outras pedras preciosas, como diamantes.
Representa a Advocacia e o Jornalismo onde o anel de formatura costuma trazer um rubi simbolizando força moralizadora da verdade, a ética necessária na prática dessas profissões.
Na numerologia o Rubi é a principal gema ligada ao arithmo 1.
O número 1 simboliza a Ação, a Independência, a Liderança, a Criatividade e, por isso, representa o ímpeto que leva à realização.
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