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Foto do escritorLília Palmeira

CALENDÁRIO MAIA

O calendário maia é um sistema de calendários e almanaques distintos, usados pela civilização maia da Mesoamérica pré-colombiana, e por algumas comunidades maias modernas dos planaltos da Guatemala.


Entre outros calendários concebidos na Mesoamérica pré-hispânica, dois dos mais largamente utilizados eram o calendário solar de 365 dias (Haab' para os maias) e o calendário cerimonial de 260 dias, o qual se divida em 20 períodos de 13 dias conhecido como Tzolk'in pelos maias.


Os calendários Haab' e Tzolk'in identificavam e nomeavam os dias. A combinação de uma data Haab com uma data Tzolk'in era suficiente para identificar uma data específica de modo satisfatório para a maioria das pessoas, pois tal combinação só se repetiria daí a 52 anos. Este período de 52 anos (365 x 260 dias) é geralmente designado como roda calendárica.


Para contagem de períodos maiores do que 52 anos, os mesoamericanos conceberam o calendário de contagem longa.

A contagem longa é um calendário vigesimal não repetitivo, utilizado por várias culturas da Mesoamerica. É mais bem conhecido pelos registos maias nos quais foi usado este sistema, porém as inscrições mais antigas são aquelas de Chiapa de Corzo, anteriores à era cristã. A sua ampla difusão na área maia levou a que muitas vezes seja erradamente denominado como calendário maia de contagem longa.

A contagem de tempo é representada como um sistema de notação de cinco ciclos ascendentes – kins (dias), winals (20 dias, meses), tuns (360 dias), k'atuns (20 tonéis), e b'ak'tuns (20 k 'atuns). É importante notar que a versão de contagem de tempo de um ano, o tun, é de apenas 360 dias, e não a contagem solar de 365. Isto significa que a contagem de tempo diverge do Haab por cinco dias a cada ano, tornando-se um ciclo completamente único e separado.


Este registo identifica os dias decorridos desde a data correspondente a 11 de Agosto de 3114 a.C. No Calendário Gregoriano.

De acordo com o Popol Vuh, um livro compilando detalhes de relatos de criação conhecidos pelos maias quiché da era colonial, nós vivemos na quarta era. O Popol Vuh descreve as primeiras três criações nas quais os deuses “falharam” e a criação bem-sucedida do quarto mundo, no qual vivem os homens. Na contagem longa maia, a última criação terminou numa contagem longa de 12.19.19.17.19.


Outro 12.19.19.17.19 ocorreu no dia 20 de dezembro de 2012, seguido pelo início de um décimo quarto b'ak'tun, 13.0.0.0.0, no dia 21 de dezembro de 2012.


É importante ressaltar que este é apenas um cenário possível para como as funções de contagem longa. Existe um debate acadêmico entre os estudiosos que acreditam que a contagem iria voltar a 0.0.0.0.1, e aqueles que acreditam que a contagem vai continuar com o 13 como b'ak'tuns, sendo 13.0.0.0.1, 13.0.0.0.2, e assim por diante até os bak'tuns 14, sendo representada como 1.0.0.0.0.

A má interpretação da contagem longa do calendário mesoamericano é a base de uma crença supersticiosa de que um cataclismo global ocorreria no dia 21 de dezembro de 2012. Mas esse dia é simplesmente o dia em que o calendário iniciou um novo b'ak'tun – a civilização maia clássica, por exemplo, atravessou dois b'ak'tun.



Em primeiro lugar, o calendário é provavelmente de origem Olmeca, e não Maia. Além disso, os maias atuais não consideram o décimo terceiro b'ak'tun importante, e a contagem longa foi usada exclusivamente pelos maias do período clássico. O ancião maia Apolinario Chile Pixtun e o arqueólogo mexicano Guillermo Bernal insistem em que o “apocalipse” é um conceito cristão que tem pouco ou nada a ver com as crenças maias. Bernal diz que essas ideias começaram a ganhar força entre os ocidentais porque suas próprias crenças estão esgotadas.

Precessão


Ao longo de 25.920 anos, um período geralmente chamado de Ano Platônico ou Grande Ano dos Egípcios, o caminho do Sol completa uma rotação de 360º de recuo através do zodíaco. Nas tradições da astrologia ocidental, a precessão é medida a partir do Equinócio de Março ou o ponto em que o Sol está exatamente no meio do caminho entre os pontos mais baixos e mais altos do céu. Atualmente, a posição do Sol no equinócio de março está se movendo para trás, para Aquário. Isso sinaliza o fim de uma era astrológica (Era de Peixes) e o início de outra ( Era de Aquário).

Como funciona.


No Sistema Solar, os planetas e o Sol ficam aproximadamente no mesmo plano, conhecido como plano elíptico. Da nossa perspectiva da Terra, a elíptica é o caminho percorrido pelo Sol pelo céu durante um ano. As doze constelações que estão “sobre” essa linha elíptica são conhecidas como zodíaco e, anualmente, o Sol passa por eles uma vez. Para além disso, o ciclo anual do Sol parece diminuir muito lentamente para trás um grau a cada 72 anos ou uma constelação a cada 2.160 anos aproximadamente. Esse movimento de recuo é chamado de "Precessão”, e ocorre devido a uma ligeira oscilação do eixo da Terra à medida que ela gira e pode ser comparada à forma como um peão oscila à medida que a sua velocidade diminui. 

Bruce Scofield observa que "a travessia da Via Láctea no solstício de Dezembro é algo que tem sido negligenciado pelos astrólogos ocidentais, com algumas exceções. Charles Jayne fez uma referência muito antes sobre isso, e na década de 1970, Rob Hand mencionou isso em suas falas sobre precessão, mas não se aprofundou no tema. Ray Mardyks mais tarde falou sobre isso e depois John Jenkins, eu e Daniel Giamario começamos a falar sobre isso".


Partidários da ideia alegam que os maias basearam seu calendário em observações dos Great Rift e Dark Rift, um conjunto de nuvens na Via Láctea, aos quais, de acordo com alguns estudiosos, os maias chamaram de Xibalba be ou "Estrada Negra". John Major Jenkins afirma que os maias tinham conhecimento de onde a elípitica cruzava a Estrada Negra e deram a essa posição no céu um significado especial em sua cosmologia. De acordo com Jenkins, a precessão irá alinhar precisamente o Sol com o equador galáctico no Solstício de Dezembro de 2012. Jenkins afirmou que os maias anteciparam esta conjunção e celebraram isso como o prenúncio de uma profunda transição espiritual para a humanidade.

O solstício de 2012 indicou um fim e um novo começo.


Marcou o fim de um ciclo astrológico de 25.920 mil anos e o começo de um novo ciclo. Neste dia aconteceu um alinhamento astrológico entre a Terra, o Sol e a Via Láctea, quando o tempo parou por um momento. Antigas Escrituras Hindus descrevem este momento como uma pausa entre a inspiração e a expiração de Brahman.



A esperada aceleração espiritual talvez aconteça de forma lenta para a percepção humana, mas em termos cósmicos será muito rápida. 


Fiquemos atentos!!!

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